Que valor damos ao que temos? Que valor atribuímos ao que consideramos como adquirido? Será que valorizamos o suficiente?
Consideramos tudo como certo, como adquirido de forma eterna, não valorizamos nem cultivamos com a atenção que merecem. Deixamos passar o tempo e nas virtudes vemos agora defeitos, consideramos que estamos certos, que somos os donos da razão, não existe outra hipótese que não seja a nossa realidade, aquela que só nós queremos ver, aquela que só nós aceitamos. Estamos no topo do mundo e olhamos de cima para baixo, nada mais importa, apenas o que pensamos…deixamos de valorizar, deixamos de cultivar, esquecemos, e… nada mais importa.
E de repente perdemos. Perdemos e percebemos que parámos no tempo, que o que era adquirido já não o é, que o que pensámos não ser importante, afinal é. Que tudo o que acreditámos ser, deixou de fazer sentido. Sentimos falta. Sentimos falta de pequenas coisas, pequenos actos, pequenos detalhes. Sentimos saudade
E com a perda aprendemos, não há outro caminho a não ser aprender. Não podemos mudar o passado, mas podemos valorizar o futuro. Aprendemos a dar valor a cada hora, cada minuto, cada segundo vivido. Aprendemos a agradecer, a sorrir, a dar…aprendemos a valorizar.
Pedro Belo
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